Perguntas que não fazemos: Para onde estamos indo com tanta pressa e para quê? O que queremos, por que queremos? Isso nos tornará melhores? Dias atrás lendo um livro de filosofia, Nietzsche para ser mais exato. Uma passagem me fez parar e refletir profundamente. Vou reproduzir o texto da passagem e espero não ser notificado pelo blogger, muito menos por qualquer entidade de direitos autorais.
“Mesmo diante do progresso extraordinário do homem diante da
ciência e de seu quase total domínio diante das ciências naturais.
Estabelecendo assim seu quase total controle da natureza. Suas realizações não
parecem ter aumentado à quantidade de satisfação no que diz respeito à
felicidade.”
Além do bem e do mal – Nietzsche
Após a leitura dessa passagem, passei a observar tudo com
mais detalhes e tive a nítida impressão de que estamos correndo com muita velocidade
para o nada, estamos indo sem rumo. E esse vício só cresce, e pior, estamos
transferindo para as crianças e jovens. Não podemos adulterar a percepção que
as crianças têm do mundo para que elas atendam uma necessidade que
desconhecemos seu propósito.
Quando estou indo para o curso, tenho costume de ficar
próximo à avenida e ficar vendo os carros passarem e aproveito para observar as
pessoas. As expressões são as mesmas e mais medonhas possíveis. Muita gente
estressada, muita gente sem paciência, com pressa e de “saco” cheio. Vale
ressaltar que o texto reproduzido acima é de 1886. É a prova incontestável de que mesmo
diante de todo domínio frente à ciência e tecnologia continuamos no mesmo
estágio no que diz respeito à felicidade.
Estamos fazendo errado, estamos na pilha sem ao menos saber
por que e para quê. Não há necessidade para tanta correria. Desenvolvemos um
sistema de botar culpa em tudo, menos em nós mesmos. Devíamos reconhecer nossa
culpa, nós criamos, moldamos e estamos desenvolvendo o mundo. Esse
desenvolvimento não é de nós para o meio, mas sim do meio para nós. Estamos
danificando nossa mente e destruindo o meio em que vivemos para satisfazer
nossos pífios e egoístas desejos com pensamento de que somos donos e
controladores de tudo. Pressão somada ao alto nível de estresse são os fatores
determinantes para desencadear intolerância, agressividade excessiva, que incluímos
falta de educação e respeito e demais comportamentos inadequados.
Proponho o dia do nada, este será o dia em que seremos nós,
apenas humanos. Mas este tema será do próximo post.
Quer uma dica?
Desacelere, vá com calma. Talvez o grande motivo da já tão
falada crise contemporânea que já temos e continuaremos a ter de depressão,
seja causada por está busca desenfreada por nada. Apenas viva intensamente e
aproveite ao máximo.
“Mais do que máquinas precisamos de humanidade” – Chaplin
“O homem é o câncer da natureza” – Millôr Fernandes