Como pode o sujeito criar um blog, convidar as pessoas e
desaparecer assim de repente. Muito estranho.
É óbvio que nem em todos os casos a justificativa deve ser
aplicada e muito menos considerada. Mas neste caso específico cabe
justificativa e ela deve sim ser considerada.
Desde o ano passado, coloquei como meta (assim como todos os anos
anteriores) mudar a direção, arriscar, buscar o novo tanto no pessoal como no
profissional (isso lembra o Faustão hahaha). Acontece que sem querer, QUERENDO,
aconteceu.
Porém, confesso que meu objetivo não era tão grandioso como está
sendo.
Fico a imaginar que neste exato momento deve surgir aquela dúvida/curiosidade:
Do que ele está falando?
Ok, ok. Muito em breve publicarei algo específico sobre essa
questão.
Dando continuidade para finalizar minha justificativa, as últimas
semanas têm sido de correria total. Madrugada, estrada, trabalho, estrada,
casa, mulher e, claro, minhas leituras que são indispensáveis.
Agora sim, entrando no assunto que quero dividir aqui no espaço,
estou finalizando mais um livro do Rubem Alves. Para quem de costume acompanha
as publicações sabe que sou mega fã do Rubem Alves.
O livro – Variações Sobre o Prazer – é uma delícia assim como as demais obras do autor. Nessa obra, Rubem nos transporta para uma profunda
reflexão sobre a vida. Por meio de temas variados, Rubem Alves não sustenta uma
tese, é um bate papo informal, ele conversa conosco através das palavras.
Alves não dirige essa obra para intelectuais, professores ou
estudantes. Ele escreve para quem se cansou do método, das regras e
condicionamentos. Fala sobre educação, filosofia, teologia, economia,
culinária. Sobre o corpo e a velhice.
Rubem passeia com profunda intimidade por Nietzsche, Kant, Marx, Santo
Agostinho, Barthes e etc. Faz um tour na música erudita e pelas poesias. Sem se esquecer
da mais fina literatura brasileira.
Quase por finalizar essa leitura, chego à conclusão de que se
fôssemos avaliar a vida de zero a dez, certamente, entregamos oito por cento
dela ao desperdício. Rubem constata que só percebemos isso na velhice, e nela
também percebemos que o fim está próximo e que já é tarde demais para lamentar.
Como o próprio Rubem adverte, faço de suas palavras minhas.
“A vida não pode
ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente”