sábado, 17 de dezembro de 2011

Sobre Leituras

Há uns cinco ou seis anos atrás, descobri o verdadeiro amor pela leitura. Quando no colégio também li vários outros livros, mas esses por obrigação. Talvez essa seja a pior estratégia do ensino público. Dizer para o aluno que ainda não tem intimidade com a leitura que ele deve ler uma obra por obrigação, isso torna a tentativa de incentivo ainda mais ineficaz. 
Como já ouvi e li vários conselhos sobre incentivo à leitura, acredito que todos chegaram ao senso comum. Primeiro, leitura tem que ser natural. E segundo, comece por aquilo que lhe agrada, que de fato faça com que tenha interesse. 


Nossa literatura é vasta, mas quando no colégio, somos obrigados a mergulhar nas grandes obras, muitas dessas exigem um entendimento mais intimo do leitor. Bom, acredito que não tenha necessidade de listar essas obras para não causar um frio na espinha, não é? De três anos pra cá, venho apreciando vários tipos de leitura. 
Do gosto pessoal, ao necessário para os estudos. Toda leitura tem sua relevância, por mais que pareça que não. 


Sim, existe livro chato, não tem essa de que toda leitura é perfeita. 
Mas mesmo quando à leitura não agrada, você aprende algo, tenha certeza. Mesmo que seja para não ler outro livro do gênero, mas aprende. Aproveitando o fim de ano, quero dividir com você minha mais nova leitura.



Este livro aborda o processo criativo coletivo, é fascinante. Imagine você desvendar os segredos dos mais eficientes criativos do mundo. Esses que apresentaram ao mundo: Toy Story, Monstros SA, Nemo, Os Incríveis e etc. 
 Administrar o coletivo não é nada fácil onde o ego impera. E o livro vai a fundo citando exemplos de como souberam lidar com essas situações. Não é um livro muito extenso, porém, o conteúdo é riquíssimo e pode ser aplicado por qualquer empresa que deseja alcançar o sucesso dentro do coletivo, sabendo como fazer com que a equipe trabalhe com você e não para você.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Receita pra lavar palavra suja


Como é lindo este poema. 

Mergulhar a palavra suja em água sanitária.
Depois de dois dias de molho, quarar ao sol do meio dia.
Algumas palavras quando alvejadas ao sol
adquirem consistência de certeza. Por exemplo a palavra vida.
Existem outras, e a palavra amor é uma delas,
que são muito encardidas pelo uso, o que recomenda esfregar
e bater insistentemente na pedra, depois enxaguar em água corrente.
São poucas as que resistem a esses cuidados, mas existem aquelas.
Dizem que limão e sal tira sujeira difícil, mas nada.
Toda tentativa de lavar a piedade foi sempre em vão.
Agora nunca vi palavra tão suja como perda.
Perda e morte na medida em que são alvejadas
soltam um líquido corrosivo, que atende pelo nome de amargura,
que é capaz de esvaziar o vigor da língua.
O aconselhado nesse caso é mantê-las sempre de molho
em um amaciante de boa qualidade. Agora, se o que você quer
é somente aliviar as palavras do uso diário, pode usar simplesmente
sabão em pó e máquina de lavar.
O perigo neste caso é misturar palavras que mancham
no contato umas com as outras. Culpa, por exemplo,
a culpa mancha tudo que encontra e deve ser sempre alvejada sozinha.
Outra mistura pouco aconselhada é amizade e desejo, já que desejo,
sendo uma palavra intensa, quase agressiva, pode,
o que não é inevitável, esgarçar a força delicada da palavra amizade.
Já a palavra força cai bem em qualquer mistura.
Outro cuidado importante é não lavar demais as palavras
sob o risco de perderem o sentido.
A sujeirinha cotidiana, quando não é excessiva,
produz uma oleosidade que dá vigor aos sons.
Muito importante na arte de lavar palavras
é saber reconhecer uma palavra limpa.
Conviva com a palavra durante alguns dias.
Deixe que se misture em seus gestos, que passeie
pela expressão dos seus sentidos. 
À noite, permita que se deite,
não a seu lado mas sobre seu corpo.
Enquanto você dorme, a palavra, plantada em sua carne,
prolifera em toda sua possibilidade.
Se puder suportar essa convivência até não mais
perceber a presença dela,
então você tem uma palavra limpa.
Uma palavra limpa é uma palavra possível.

Por Viviane Mosé.

Visite também o site: http://www.vivianemose.com.br/

Paulo de Faria em clima de Natal




Para visualizar mais imagens, indico o blog da Jhu. Ela dedica vários de seus clicks à nossa cidade. Talentosíssima. 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Blog Music

Assistindo ao programa X-Factor USA, descobri o porquê os EUA são vistos como fábrica do entretenimento. Só existem dois motivos. Primeiro, eles levam a sério, e segundo, ninguém faz com tanto profissionalismo como eles. Além de fábrica de cantores/atores/modelos/esportistas e etc. Também, uma fábrica de formatos. Entenda como formato, esses programas enlatados que não são só copiados pela televisão brasileira, e sim pelo mundo. O X-Factor segue a mesma linha do American Idol (Ídolos aqui no Brasil). Mas diferente daqui, lá eles encaram um concurso de música com muito profissionalismo, a estrutura montada é incomparável com o circo feito aqui. Embora nos EUA também tenha muito lixo musical, os programas musicais têm qualidade excelente. Dá pra tirar um tempinho e ver os novos artistas que certamente em pouco tempo estarão no topo da Billboard (lista das músicas mais tocadas no mundo). Não defendendo os EUA, mas aqui no Brasil não dá pra levar a sério uma emissora que compra os direitos do formato e ela após o fim do programa não apóia o artista. 

X-Factor USA

 

 X-Factor UK