sábado, 24 de março de 2012

Chico, fique em paz.


Ousadia Publicitária

A Intel realmente está investindo pesado em ações de guerrilha para gerar buzz na internet em torno do seu novo produto, como esta ação de Los Angeles. Desta vez, a marca lançou no seu canal do Youtube uma série de vídeos chamados de “experimentos sociais” testando até onde as pessoas eram capazes de conquistar um aparelho. A Intel colocou no meio das ruas de Bangcoc e Jacarta um totem com ultrabook equipado com vidro e martelo de segurança. Quem tivesse a ousadia de quebrar o vidro se tornava dono do aparelho. Mesmo com o texto “quebre-me e leve o ultrabook” não foi fácil convencer as pessoas de que bastava isso para levar o aparelho para casa.

E se fosse no Brasil? Nem preciso responder hahahahaha

 

Surrupiei (no bom sentido) do site:

http://blogcitario.blog.br/2012/03/ousadia-publicitaria/

quinta-feira, 22 de março de 2012

Publicidade

A série The Walking Dead no que diz respeito à criatividade no modo de divulgar o seriado em mídias alternativas, figura entre as melhores. Fantástico, bizarro, assustador e demais qualificações que possam existir.


Mundo dos Livros

Como seria um mundo só de livros, deu pra imaginar? Veja no vídeo abaixo o trabalho incrível que conta como seria. Fantástico é pouco.

 
This Is Where We Live from 4th Estate on Vimeo.
"Ler não é caminhar sobre as palavras. Ler é reescrever o que estamos lendo, é perceber a conexão entre o texto e o contexto e como vincular com o meu contexto." 

(Paulo Freire)


Leituras




quarta-feira, 21 de março de 2012

Touch


Acredito que já tenha falado por aqui que sou fascinado por seriados. Pois então, já tenho mais uma série entre minhas queridinhas. Já acompanhei inúmeras series: Lost, House, Prison Break, Criminal Minds, Cold Case, CSI's, Heroes, Two and Half Man, 24 Horas entre outras. Atualmente tenho visto Person of Interest (estou atrasado) e The Big Bang Theory que não perco nenhum episódio. Antes dessa loucura por Big Bang, meu seriado preferido foi o 24 Horas. Assisti todas as temporadas com muita emoção, ao fim da série fiquei meio triste por não ter nenhuma outra série tão legal quanto. Soube dias atrás do lançamento da série TOUCH, tendo no elenco ninguém menos que Kiefer Sutherland (ex Jack Bauer - 24 Horas), acha que eu fiquei feliz? Antes de assistir fiquei com um pé atrás ao pensar que não conseguiria desligar a imagem do Jack Bauer. Assisti agora pouco e confesso: O Kiefer Sutherland é um p... Ator, deu um show de interpretação no episódio piloto. Claro que ele não carrega o seriado sozinho, apesar de ser um grande nome. O elenco é variado, repleto de pequenos detalhes que só enriquecem a construção das histórias. Touch. Indico. 




A história gira em torno de um homem que tenta se comunicar com o filho autista. Ele logo percebe que o menino é capaz de se comunicar através de números, os quais são capazes de prever o futuro de pessoas que eles nem conhecem.

Kiefer Sutherland, Danny Glover e David Mazouz.

Blog Music

Enquanto milhares de artistas e produtores estão preocupados com clipes cheios de efeitos, a Marisa Monte da uma aula de bom gosto. Uma canção lindíssima de produção simples para o vídeo, porém impecável. A sintonia entre o casal colaborou para que o clipe ficasse a altura da música. Anderson Silva com muita tranquilidade, segurança e talento foi lá e fez. 

LYA LUFT - Vamos queimar os dicionários

Quando a gente pensa que já viu tudo, não viu. Faz algum tempo, dentro do horroroso politicamente correto que me parece tão incorreto, resolveram castrar, limpar, arrumar livros de Monteiro Lobato, acusando-o de preconceito racial, pois criou entre outras a deliciosa personagem da cozinheira Tia Nastácia, que, junto com Emília e outros do Sítio do Picapau Amarelo, encheu de alegria minha infância. Se formos atrás disso, boa parte da literatura mundial deve ser deletada ou "arrumada". Primeiro, vamos deletar a palavra "negro" quando se refere a raça e pessoas, embora tenhamos uma banda Raça Negra, grupos de teatro Negro e incontáveis oficinas, açougues, borracharias "do Negrão", como "do Alemão" "do Portuga" ou "do Turco". Vamos deletar as palavras. Quem sabe, vamos ficar mudos, porque ao mal-humorado essencial, e de alma pequena, qualquer uma pode ser motivo de escândalo. Depende da disposição com que acordou, ou do lado de onde sopram os ventos do seu próprio preconceito.

Embora meus ·antepassados tivessem vindo ao Brasil em 1825, portanto sendo eu de muitas gerações de brasileiros tão brasileiros quanto os de todas as demais origens, na escola havia também a turminha que nos achacava com refrãos como "Alemão batata come queijo com barata". Nem por isso nos odiamos, nos desprezamos. Eram coisas infantis, sem consistência. O que vemos hoje quer mudar a cara do país, ou da cultura do país, e não tem nada de inocente.

Um dos negros que mais estimei (no passado, porque morreu), ligado a mim por laços de família, era culto, bom, interessante, nossos encontros eram uma alegria. Com ele muito aprendi, sua cultura era vasta. A cor de sua pele nunca me incomodou, como, imagino, não o aborreciam meus olhos azuis. Havia coisas bem mais positivas e importantes entre nós e nossas famílias. Não vou desfilar casos com amigos negros, japoneses, árabes, judeus, seja o que for. Mas vou insistir no meu escândalo e repúdio a qualquer movimento que seja discriminatório, que incite o ódio de classes ou o ódio racial, não importa em que terreno for.
Agora, de novo para meu incorrigível assombro, em um lugar deste vasto, belo, contraditório país que a gente tanto ama, desejam sustar a circulação do Dicionário Houaiss, porque no verbete "cigano" consta também o uso pejorativo - que, diga-se de passagem, não foi inventado por Houaiss, mas era ou é uso de alguns falantes brasileiros, que o autor meramente, como de sua obrigação, registrou. Ora, para tentar um empreendimento desse vulto, como suspender um dicionário de tal peso e envergadura, seria preciso um profundo e preciso conhecimento de linguística, de lexicografia, uma formação sólida sobre o que são dicionários e como são feitos.

O dicionarista não inventa, não acusa nem elogia, deve ser imparcial - porque é apenas alguém que registra os fatos da língua, normalmente da língua-padrão, embora haja dicionários de dialetos, de gírias, de termos técnicos etc. Então, se no verbete "cigano" Houaiss colocou também os modos pejorativos como a palavra é ou foi empregada, criticá-lo por isso é uma tolice sem tamanho, que, se não cuidarmos, atingirá outros termos em outros dicionários, com esse olhar rancoroso. Vamos nos informar, antes de falar. Vamos estudar, antes de criticar. Vamos ver em que terreno estamos pisando, antes de atacar obras literárias ou científicas com o azedume de nossos preconceitos e da nossa pequenez ou implicâncias infundadas. Há coisas muito mais importantes a fazer neste país, como estimular o cuidado com a educação, melhorar o atendimento à saúde, promover e preservar a dignidade de todos nós.

Ou, numa mistura maligna de arrogância e ignorância - talvez simplesmente porque não temos nada melhor a fazer -, vamos deletar as palavras que nos incomodam, os costumes que nos irritam, as pessoas que nos atrapalham e, quem sabe, iniciar uma campanha de queima de livros. De autores, seria um segundo passo. E assim caminhará para trás, velozmente, o que temos de humanidade. 

REVISTA VEJA