sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mundo Real

O mundo enlouqueceu de vez, pelo menos onde eu vivo. Nada está comum, tudo está fora de contexto. A que ponto chegou, até onde é o extremo de toda essa imundice humana? Pais matam filhos, filhos matam Pais, maridos matam mulheres, mulheres jogam bombas em carros. Adolescentes marcam brigas na internet em porta de escola, virou um show, espetáculo bonito de se ver. Enquanto isso as crianças que copiam nossos comportamentos e atitudes, cada vez mais cedo estão seguindo a nossos belos exemplos. Observando a evolução da minha época pra cá o que vejo é simplesmente o contrário de tudo que vinha sendo anunciado, que seria melhor, que o mundo viveria uma melhoria jamais vista. Sobre melhoria não podemos falar, mas que realmente chegamos ao ponto de ver, assistir, ouvir e compartilhar histórias grotescas, o horror humano virou atração. Ninguém mais se espanta com nada, tudo é comum, nada foge do normal nas atitudes entre uns com os outros. Hoje lendo uma entrevista com Mike Tyson, isso aquele mesmo, marrento com cara de poucos amigos.Desabafando usando palavras duras ao falar de si mesmo, aquilo que me fez refletir sobre muitas coisas. Veja aqui Mike Tyson desabafa Na minha época tínhamos o boxe, um esporte que considero comum, sempre acompanhava as lutas e era um barato até, todo aquele espetáculo em volta de duas pessoas, os quais com suas luvas tentam um derrubar o outro. Cadê o boxe? Não existe mais, perdeu o valor comercialmente falando em TV no Brasil. Mas hoje temos o tal UFC(Ultimate Fighting Championship), que não tenho nada contra, e claro que nada a favor também. Particularmente não assisto aquele tipo de luta por realmente ficar chocado com as cenas ali, é muita violência pro meu gosto. Mas tem quem goste e assim a vida segue e atualmente é o que povo gosta de ver na TV. Em imaginar que vi um desses que lutam desafiar o outro dizendo: Essa vai ser a última luta dele, vou aposenta-lo. Ou seja, imagine o tipo de luta pra quem deseja fazer seu oponente não lutar mais, nem quero pensar nisso. Dias atrás lendo também vi um caso horrendo, uma mulher que arrota na cara das pessoas, isso vindo de um programa de humor. Ok, paramos aqui, arrotar na cara dos outros, ser sinônimo de humor realmente é o fim da picada. Tirando o fato da quantidade de assuntos fúteis existentes hoje, senhor Deus, ajuda ai como dizem. Com a chegada da tecnologia, a força que ela tem, onde acredito que poderíamos ser mais racionais que pudéssemos trocar informações, transformar o mundo, conectar em busca de conhecimento, o que se vê é falta de pensamento e distribuição de péssimos comportamentos e conhecimento. Hoje mesmo eu notei algo bem estranho, as pessoas estão se importando mais em falar inglês do que português. O que está havendo? Quando se fala em outro idioma, pelo menos pra mim vem a ser uma necessidade profissional, agora trocar de língua? Deixar de falar sua seu próprio idioma pra que? Qual a importância ou relevância nisso? Aí vão dizer que no mundo moderno temos que aprender as duas línguas mais faladas, inglês e espanhol. Agora qual o orgulho em falar inglês e espanhol e não saber falar a própria língua? Que alguém me explique porque eu faltei dessa aula. Existe uma importância tão grande em ser importante para os outros, que está criando uma raça de escravos do sucesso, pessoas que fazem de tudo pra estar lá cima, para serem citadas como a celebridade do momento. Não existe mais limite, ninguém se importa com danos causados por essa busca maluca pelo sucesso, enquanto muitos estão cansados de aparecer, de terem suas vidas invadidas, outros querem mais é isso, ser o alvo pra se tornar essa fantasia que é ser famoso. Não vejo mais meninas de 12 anos com bonecas, só querem saber de computador, celular, balada e paquera. Enquanto os meninos da mesma idade estão seguindo o mesmo rumo, balada, bebida, meninas e muitas vezes parecem donos de si. O mundo perdeu o rumo, estamos assistindo fim de alguma coisa. Coisas boas existem, disso não podemos deixar de falar, mas que são pouco aproveitadas, nem tudo que se vê é violência, mas a maioria do que se vê é isso. Ainda estou tentando entender à libertinagem da sociedade atual, não é só questão de limite, muitas vezes vale o velho e importante bom senso.

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