terça-feira, 19 de outubro de 2010

Juventude Transviada

Quero dentro de um argumento justo e claro lançar minha ótica sobe o comportamento da juventude atual.

Eu quando jovem, tinha um comportamento totalmente inverso do qual vejo na juventude atual. Talvez seja porque na minha época não tínhamos tantos recursos como existem hoje. Celular era um sonho para poucos e internet mal ouvíamos falar sobre. Então a diversão tinha que realmente ser alternativa, coisa de criança mesmo. Brinquedos, futebol na rua, esconde-esconde, pega-pega, bete e enfim. Agora me pergunto. Onde foram parar esses costumes? Por que crianças não brincam como crianças? Quem são os verdadeiros culpados por esse extermínio da infância? Nos meus 15 anos de idade, tinha hora para voltar pra casa, hoje, o que vemos são a grande maioria nos seus 15 anos fazendo movimento em festas e acontecimentos sociais.

Antigamente garotas de 13 brincavam de bonecas, hoje noto CRIANÇAS de 13 que não aceitam serem chamadas de crianças. A pergunta nesse ponto já pode mudar de o que está acontecendo para, pra onde isso está caminhando. Não vejo com bons olhos esse salto gigante no comportamento infantil. A precocidade é assustadora, e está escancarada nos olhos da nossa sociedade que, parece ou não se importar ou acreditar que seja comum. Não vejo como algo normal essa exposição descomunal em que crianças e pré-adolescentes se submetem. Faço um desafio, busque no Orkut ou YouTube que vai encontrar material suficiente para o sustento da minha afirmação.
Será que inclusão digital tem culpa considerável por conta desse comportamento incomum dos jovens atuais?

Afinal, os jovens atuais estão realmente preparados e prontos para mergulhar de cabeça nesse infinito digital? Na minha humilde opinião sem querer ser chato, digo de cara. Criança não sabe filtrar informação, separar o bom do ruim. Falta educação, falta filtro pra essa molecada, isso mesmo, moleque que se acha adulto, é chegada a hora de baixar a bola desses pirralhos. Dias atrás tomando uma cerveja conversando com um amigo, um garoto lá com seus 13 anos aproximou-se e disse:

Garoto – O Tio, me da um cigarro ai.

Eu – Filho, você tá doido, não tenho cigarro e não fumo.

Garoto – E esse na mesa é de quem?

Eu – Do moço aqui, peça pra ele (deboche).

Garoto – O mano, da um cigarro pra mim?

Meu Amigo – Vai cresce primeiro moleque, rapa daqui.

Garoto – Eu sei fuma, da um cigarro ai, larga de ser ruim.

Meu amigo – Cara, você acha que é homem pra falar uma coisa dessas, vaza, rapa, vou te dar nada, some.

Garoto – Você vai morre fumando, você vai ver.

Meu amigo – Tá me deixa morrer, vai brincar, vai.

Olhando aquele menino logo pensei em abandono, desprezo. Indo de mesa em mesa pedindo um cigarro, terrível. E essa é a história que eu vivi, imagine outros milhares que não existe Brasil a fora, triste realidade. Aqui no mundo sem fronteiras (internet) o caso é sério. Poucos percebem, mas é questão de ordem, enquanto não houver ordem vai continuar essa bagunça sem fim. Existe uma rede social com nome de formspring, nessa rede você cria um perfil e pode receber perguntas, responder e fazer. A intenção é descobrir de modo informal informações sobre uma pessoa ou empresa. Sem generalizar, alguns transformaram aquilo num recinto de perguntas sexuais sem limites. Desde perguntas do quilate. Qual a posição que você mais gosta a com quantos homens/mulheres você já transou. Alguém pode ler e dizer, você está exagerando. Simples, leia, de uma mergulhada na rede, é capaz de encontrar perguntas ou respostas que você pode imaginar. Eu nunca diria uma coisa dessas. Imagine se eu fosse comentar a twitcam do twitter, nem vou entrar no mérito. A questão geral é que a juventude não tem noção do limite de exposição, o pensamento funciona no quanto mais, melhor. E dá-lhe exposição, e esquecem que a internet não esquece nunca.

Novamente digo, não sou contra o uso da internet ou das redes socias. Sou contra o uso incorreto delas. Não acredito que deve haver censura na internet, mas sim um controle, uma ordem. Pra tudo existe uma ordem, e porque não na internet. É chegada a hora de varrer o lixo existente para seu devido lugar.

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