quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eu, o copo de vinho e algumas verdades.


Bom, antes de começarmos a falar sobre essas verdades, é necessário que você olhe pra dentro de ti e anule tudo que veio do lado de fora. O que está do lado externo é o menos importante quando falamos de nós mesmos, quando falamos do mundo real. Muitos acreditam que somos apenas uma experiência do externo para interno. Entende? Serei mais claro, imagine um copo vazio, esse seria nossa vida no inicio, e ao passar do tempo ao vivermos esse copo vai enchendo com essas experiências externas. Só que não somos apenas isso, se buscarmos na literatura encontraremos ensinamentos de séculos atrás onde pessoas já nos ensinavam viver o hoje. Uma prova mais que concreta que não chegamos vazios.

Por um instante esqueça todos teus pertences, tudo que seja material em sua mente. Pare, e sinta apenas você, o que você sente? Nada, estou correto? No inicio é assim mesmo, e sabe por que é assim? Porque o mundo exterior é tão cruel que domina sua mente e faz com que o que realmente exista de melhor em ti (que é você mesmo) fique escondido dentro de ti num lugar onde você mesmo guarda e quando precisa não consegue encontrar. Já sentiu alguém feliz pela simples existência? Já percebeu alguém com tão pouco feliz e você com tanto e se perguntou: O que eu fiz, por que eu não sou feliz? Antes de tudo é importante ressaltar que felicidade é um estado, e esse lance de que dinheiro e pertences trazem felicidade ou são capazes de te fazer feliz é pura balela. Tirando o dia das Mães dos Pais, quantas vezes você disse obrigado por existir, eu te amo, tenho orgulho de você, tenho saudades ou sentiu necessidade de deixar essa vida por alguns instantes para passar alguns momentos com teus Pais ou com os amigos. Ligou pra alguém que realmente é importante para você pra dizer diferença que essa pessoa faz na tua vida? Essas atitudes vêm de dentro, essas sim são reais. Um presente, um objeto é de fora para fora. Agora um abraço apertado um olhar sincero, verdadeiro, são coisas que vem de dentro. Um dia eu estava num evento onde milhares de pessoas foram rezar, eu observando cada movimento naquele ambiente, notei uma garota, devia ter lá os teus 22 anos, ela rezava e chorava tanto, logo pensei; Existe algo divino ali, algo que nunca senti algo real que está lá dentro. Encontrei uma definição para o que é real. É o mesmo que você receber uma carta em manuscrito e chorar ao ler e notar que alguém que há muito tempo não falava lembrou-se de você. Bem diferente de quando você ganha um presente, mesmo que esse seja um sonho. Qual foi a última reunião de família em que sentiu emoção em ver toda família reunida e pensou, que dia abençoado, estou ao lado das pessoas que mais amo na minha vida.

Fico pensando no amor...

Quantas garotas não choram e dizem. Eu te amo para um Justin Bieber/Luan Santana e nunca disseram. Mãe, eu te amo? Alguém pode vir dizer: Mas esse amor é diferente, mas como assim, amor diferente? Sentir amor por alguém que nem sabe da sua existência? Esse sim é o lado de fora, vazio, sem importância, que contamina o lado de dentro.
Dias atrás notei dois senhores conversando no estúdio da rádio, o entrevistado falava: Na minha época não tinha essas coisas de hoje. Era benção mãe, pai, tio, tia e senhor. Hoje, quem fala senhor? Na rua mesmo quando cumprimentava um jovem, era: Olá senhor, como vai, tudo bem?

Por essas e outras encontramos cada vez mais pessoas vazias. As pessoas desistiram do interior delas e valorizam o exterior porque é simples, mais fácil. Esqueceram que respeito e educação, vêm naquele pacote que disse no inicio. O que fazemos com esse conteúdo que já vem dentro de nós? Moldamos, aprendemos e evoluímos com ele.
Já é hora de voltarmos pra dentro de nós porque aos poucos estamos matando o que temos de mais importante e valioso em nós.

NOSSA ESSÊNCIA.

A existência precede e governa a essência. Durante a nossa existência, à medida que experimentamos novas vivências redefinimos nosso pensamento, adquirimos novos conhecimentos a respeito da nossa essência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário