quarta-feira, 6 de março de 2013

A volta

Estava a pouco pensando em mudar o nome deste humilde blog para: Blog Abandonado.

Como pode o sujeito criar um blog, convidar as pessoas e desaparecer assim de repente. Muito estranho. 

É óbvio que nem em todos os casos a justificativa deve ser aplicada e muito menos considerada. Mas neste caso específico cabe justificativa e ela deve sim ser considerada.

Desde o ano passado, coloquei como meta (assim como todos os anos anteriores) mudar a direção, arriscar, buscar o novo tanto no pessoal como no profissional (isso lembra o Faustão hahaha). Acontece que sem querer, QUERENDO, aconteceu.

Porém, confesso que meu objetivo não era tão grandioso como está sendo.
Fico a imaginar que neste exato momento deve surgir aquela dúvida/curiosidade: Do que ele está falando?
Ok, ok. Muito em breve publicarei algo específico sobre essa questão.  

Dando continuidade para finalizar minha justificativa, as últimas semanas têm sido de correria total. Madrugada, estrada, trabalho, estrada, casa, mulher e, claro, minhas leituras que são indispensáveis. 

Agora sim, entrando no assunto que quero dividir aqui no espaço, estou finalizando mais um livro do Rubem Alves. Para quem de costume acompanha as publicações sabe que sou mega fã do Rubem Alves.

O livro – Variações Sobre o Prazer – é uma delícia assim como as demais obras do autor. Nessa obra, Rubem nos transporta para uma profunda reflexão sobre a vida. Por meio de temas variados, Rubem Alves não sustenta uma tese, é um bate papo informal, ele conversa conosco através das palavras.



Alves não dirige essa obra para intelectuais, professores ou estudantes. Ele escreve para quem se cansou do método, das regras e condicionamentos. Fala sobre educação, filosofia, teologia, economia, culinária. Sobre o corpo e a velhice.

Rubem passeia com profunda intimidade por Nietzsche, Kant, Marx, Santo Agostinho, Barthes e etc. Faz um tour na música erudita e pelas poesias. Sem se esquecer da mais fina literatura brasileira.

Quase por finalizar essa leitura, chego à conclusão de que se fôssemos avaliar a vida de zero a dez, certamente, entregamos oito por cento dela ao desperdício. Rubem constata que só percebemos isso na velhice, e nela também percebemos que o fim está próximo e que já é tarde demais para lamentar.

Como o próprio Rubem adverte, faço de suas palavras minhas.

“A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente

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