quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Suicídio


Voltei, e o tema é :

Uma pessoa tira a própria vida a cada 40 segundos em alguma região do planeta. A estatística assombrosa foi revelada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu primeiro relatório mundial sobre o assunto. Para cada indivíduo que morre desta forma, mais de 20 já tentaram. 

A pesquisa mostra que o suicídio é um problema de saúde pública global que atinge todas as faixas etárias, acontece com frequência em todos os países e por diferentes razões. 

A ideia de que o ato tem relação com doenças mentais, como depressão, por exemplo, é consolidada. Entretanto, a entidade chama a atenção para outros fatores que podem contribuir para que uma pessoa recorra ao ato. 

"Muitos suicídios acontecem em momentos de crise com o enfraquecimento da habilidade de lidar com os problemas da vida, como problemas financeiros, fins de relacionamentos amorosos, dores crônicas e doenças", explica a OMS. 

Nos países de alta renda, o grupo mais vulnerável é o de homens com mais de 50 anos. Já em países de baixa ou média renda, o foco está em mulheres com mais de 70 anos e jovens adultos, entre 15 e 29 anos. Neste último grupo, o suicídio se tornou a segunda maior causa de mortes, atrás apenas de acidentes de trânsito. 

Estes países são ainda os líderes neste tipo de morte. Dos 804 mil casos registrados em 2012, 75,5% aconteceram nestes locais. Um dos motivos para o alto índice, constata a OMS, é o fato de que a maioria deles sequer conta com recursos e serviços adequados para o tratamento de quem os necessitam. 

Por ser um assunto sensível entre a população e até ilegal em muitos países, como na Índia, por exemplo, onde foram registrados quase 260 mil casos em 2012, a OMS teme que a quantidade de suicídios no mundo seja ainda maior. Mas a entidade lembra que a prevenção é possível. E uma das medidas mais eficazes, diz o estudo, é a restrição ao acesso aos principais meios de suicídio, como armas e pesticidas. 

JAPÃO 

O Japão é citado no estudo como exemplo. Em 1998, o país enfrentava uma grande crise econômica que acabou por impactar de forma severa os números relacionados ao suicídio. Naquele ano, foram registrados 32.863 casos — contra 24.391 no ano anterior. 

A virada começou em em 2002, quando filhos que perderam seus pais começaram a compartilhar suas experiências e o governo passou a tratar a questão como saúde pública, criando políticas preventivas que abordavam questões psicológicas, econômicas e culturais. O resultado: em 2012, o número de suicídios ficou abaixo dos 30 mil pela primeira vez em mais de dez anos.

Fonte. Planeta Sustentável

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