segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Gênio?


Confesso que o título da matéria me deixou realmente sem o que dizer, só fiquei a imaginar como seria....


Inglês consegue aprender um idioma em uma semana.


Daniel Tammet é um homem capaz de feitos extraordinários. Aos 29 anos, fala 11 línguas e se diz capaz de aprender qualquer uma delas em uma semana. Além disso, consegue decorar e recitar milhares de números em seguida, como a sequência de dígitos do pi, o termo matemático infinito. Essas capacidades incríveis são acompanhadas, no entanto, de problemas. Tammet sofre de Síndrome de Asperger, um tipo de autismo, e é um “savant”, um autista com habilidades especiais, mas com dificuldades de interagir e demonstrar emoções. Além do inglês nativo, Tammet fala fluentemente alemão, francês, islandês e esperanto, além de conhecer os idiomas espanhol, lituano, romeno, estoniano e galês. Em um documentário feito para mostrar suas habilidades, ele aprendeu o finlandês em exatamente uma semana. Tammet também ficou famoso por ter recitado os primeiros 22.514 dígitos do pi, e escreveu um livro – Nascido em um dia azul – em que contou os dramas de sua infância. Segundo Tammet, essas sequências de números surgem em sua mente como paisagens. Em outros casos, de números específicos, Tammet os relaciona com outros números. “Eu só entendo o número 338, por exemplo, em termos de 13. Eu consigo visualizar automaticamente que 338 é 13 ao quadrado multiplicado por dois. As pessoas fazem esse mesmo tipo de relação com palavras, mas eu consigo fazer com números também”. Em um perfil publicado nesta segunda-feira (26) no jornal britânico The Times, Tammet tenta se afastar do estereótipo daquele que talvez seja o único savant famoso do mundo, o americano Kim Peek, que inspirou o personagem Raymond Babbitt, do filme Rain Man, com o qual Dustin Hoffman venceu o Oscar de melhor ator em 1988. “Eu não sou Rain Man”, diz. Depois de uma infância com episódios muito complicados, como não conseguir escovar os dentes por conta do barulho que a escova produz em contato com os dentes, Tammet passou a lutar para tentar parecer uma pessoa normal. Aprendeu a conversar olhando no olho do interlocutor e a cumprimentar as pessoas, coisas que geralmente os savants não fazem. Foi professor de inglês na Lituânia, onde namorou um homem, e hoje vive em Avignon, na França, com Jerome, seu namorado. E ganha a vida como escritor. “Os savants são marginalizados e tratados como uma coisa mística, mas as pessoas como eu são humanas”, diz.

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