domingo, 26 de fevereiro de 2012

Fidelidade



Soneto da Fidelidade - Vinícius de Morais


De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.



Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento



E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama



Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Um comentário:

  1. Ahhhh! Apaixonante! Amo esse soneto, me encanta no mais profundo da alma!


    Abraço.


    (tá inspirado hein, hahaha!)

    Obrigada por existir.


    Cáhh Chaves.

    ResponderExcluir