quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Acorda Brasil part. 2 Paulo de Faria


Dando continuidade ao assunto atendimento, agora farei algumas observações sobre o lugar onde moro. Paulo de Faria, interior de São Paulo, cidade simples, gente “educada” e festeira. Pra que tenha uma ideia mais completa da localização e informações sobre minha cidade clique nos links a seguir:

http://www.paulodefaria.sp.gov.br/index.html

http://www.camarapaulodefaria.sp.gov.br/

Pra ser bem sincero, eu adoro minha cidade, com tempo aprendi que não tenho porque criticar onde vivo, mas fazer observações e apontar possíveis erros para possíveis melhoras é um compromisso que tenho com esse lugar que quero tão bem. E quem morou aqui ou em qualquer outro lugar e não sente orgulho de onde nasceu não representa nada pelo menos pra mim. É como um brasileiro abraçar a bandeira dos EUA dizendo que tem orgulho (Pior que tem, Jesus Cristo). Em relação ao atendimento, aqui é bem interessante, é o mesmo problema de pessoas que não entendem de atendimento. Na realidade falta ter mais atenção com o atendimento, tem gente que se preocupa mais em ter um monte de detalhes no estabelecimento do que ter um bom atendimento. O povo aqui é receptivo, mas não valoriza nossa cultura, o nosso forte, aquilo que falta fortalecer. Na verdade Paulo de Faria parece pelo menos para mim uma cidade cópia de outros lugares. Entendo que o ser humano é referencial, mas porque não podemos nos tornar referência? Muito do que temos aqui é uma ideia que veio de algum outro lugar. Sempre ouço por ai: Cidade tal fez isso e foi bom, vamos fazer aqui também, sempre adaptando de alguma forma. Isso é bom, mas quando em excesso fica ruim. Temos prainha, campo de futebol (de dar inveja), festa do peão (2º mais antiga do Brasil), um povo festeiro e animado, sempre presente em todos os eventos. Sobre a festa do peão parece que agora alguém acordou e notou que o caso é sério, acho que notaram em tempo, espero. O comércio oferece somente o necessário e quando se trata de satisfação percebo nessa questão a falta deste ingrediente tão importante que muda tudo, completamente. Acredito que cidades pequenas com menos de 10 mil habitantes como a minha, devem se unir, e aqui é tudo muito dividido, cada um se importa apenas com seu lucro, a cidade pode estar indo pra pior e mesmo assim ninguém se preocupa a não ser com o próprio umbigo. Esse egoísmo é o que estraga tudo, não deixa na funcionar da maneira como deve funcionar. Com isso, o que estamos assistindo é a ausência cada vez mais constante das pessoas daqui, cada família resolve seguir um rumo deixando nossa cidade por inúmeros motivos. Pergunto-me, quem devia se preocupar com essa decrescente de população? Nós (população), o senhor administrador atual? Particularmente me preocupo muito, não que eu vá ficar aqui o resto da minha vida, pois tenho meus planos e objetivos, mas aqui é o lugar que eu nasci e cresci, e notar que aos poucos a cidade está parando diante dos meus olhos e não poder fazer nada é triste. O que é mais triste é notar que a cidade tem potencial, tem gente com ideias brilhantes, pessoas do bem que querem participar, dar aquela injeção de ânimo e nada, ninguém olha ninguém da bola. Não sou daqueles que tem aquele discurso: Essa cidade tem que acabar mesmo, aqui é ruim e isso e aquilo. Não, está errado, não é bem por ai. O grande problema daqui é o individualismo, ninguém quer ganhar em conjunto, sempre alguém quer o solo, ambição essa que não ajuda em nada nossa cidade. Pessoas que não trabalham o conjunto e vivem de autopromoção, é tal de eu fiz aquilo, eu trouxe isso e ninguém é parceiro de ninguém. Talvez isso explique a situação na qual estamos atualmente. Sobre administração da cidade eu nem entrarei no mérito da questão (não tenho opinião formada sobre a administração, ainda). Precisamos de ação contínua, é o que falta, é hora de parar com esse egoísmo doentio e nos preocuparmos com nossa cidade, com nosso povo. Pode ser que eu esteja equivocado em alguma colocação, mas enquanto a o individualismo continua eu vou tomando nota e quando alguém vir a público dizer que precisamos fazer alguma coisa terei todos os pontos anotados, nos mínimos detalhes. E se hoje não está bom à culpa vem de erros passados, isso é importante observar. Hoje sempre será o resultado das atitudes passadas. Sendo assim quero deixar claro que não estou responsabilizando A ou B, a questão já não é notar, mas sim aceitar que uma atitude deve ser tomada antes que seja tarde demais.

p.s. Não sou critico apenas observador.
p.s. 2 Quando coloquei "educadas", evidentemente quis dizer que existem pessoas muito mal educadas, e a culpa dessa falta de educação tem nome, prepotência.

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